Era tarde da noite e estávamos em meu enorme quarto, quando digo estávamos era Eu,Scott e os dois gatinhos, devem estar pensando "hmm..safadinho conseguiu levar ele para seu quarto né, já é meio caminho andado" mas não é isso, é que começou a chover e os gatinhos não tinham para onde ir então apenas dei a ideia de levar para meu quarto já que ele era grande e quentinho, além do mais, eu nunca desejei um homem, meu lance sempre foi mulheres e ai minha "princesa" estava pra chegar então não seria agora que eu desejaria um homem mas eu tinha que assumir que os lábios dele eram bem sedutores..Nós ainda conversávamos besteira e mais besteira, nada muito serio, eu sempre fazia de tudo para fazê-lo sorrir porque né, um sorriso desse, é de ganhar o coração.
–Toc Toc- Era uma voz feminina, minha mãe no caso. -John!! venha cá dar um abraço na mãe que você abandonou.- Ela sorrio e me puxou para fora do quarto. -Então quer dizer que você também caiu na sedução do Scott, seu safadinho, mau chegou aqui e já está avançando nos faxineiros alheios.-
–Eu não estou avançando nele, e a senhora ta me estranhando? sabe que gosto de mulheres, e que lance é esse de "também"? não me diga que a senhora também gosta dele.- Dou umas cutucas nela.
–Eu que pergunto, o que você quer dizer com "também gosta dele"?-Ela dá um sorrisinho malicioso. -John você não perde tempo mesmo em, mas não, eu não gosto dele mas é que nós tínhamos conseguido uma garota pra você, antes dessa que vai chegar amanhã, mas sua garota acabou se apaixonando pelo nosso Scott e ela tentou de tudo para conquistá-lo mas parece que ele não quis conversa, então se você ainda o quiser vai ter que se esforçar um pouquinho para conquistar o bonitão ai.-
–m-mas eu não q..-Fico mais vermelho que um tomate.
–Estou torcendo por você filhão- Ela dá uma piscadinha e me dá um tapinha nas costas. -E ahh, não deixe seu pai descobrir, porque você sabe como ele é com esse lance todo de ser gay e tudo mais.-
–Mas..eu não sou gay.- Tarde demais, ela já está longe o suficiente.
Minha barriga dá uma roncada monstruosa então resolvo ir na cozinha pegar uns lanches, afinal quer conquistar alguém? cozinhe bem e nisso eu mando muito bem "mas que merda você ta pensando John? você não quer conquistar ninguém, só aquela princesa, ela é seu objetivo não esse faxineiro, deixe de pensar besteira" "mas e se eu tiver mesmo gostando dele? não você não está, isso é tudo uma ilusão porque ele é bonito, só..Mas ele me entende ou melhor ele é o único que me entende, mas você só está juntando a simpatia dele com seu alonismo é por isso que pensa estar gostando dele, VOCÊ NÃO ESTÁ" é melhor ignorar todos esses pensamentos afinal idai se eu estiver não é da conta de ninguém e se essa princesa não for tão legal? e se ela só quiser meu dinheiro? "não vamos começar com isso de novo né John" eu já disse para você ficar na sua, consciência intrometida, mas é verdade é melhor eu não gostar dele, afinal, não posso fazer isso com o pai não depois de tudo que ele passou... Quando chego na cozinha o pai está lá e ele começa a puxar assuntos e mais assuntos contando como foi quando estive fora e perco a noção da hora, como por ali mesmo e volto para o quarto logo depois, quando entro lá está ele deitado na cama com os dois gatinhos, demorei tanto que ele pegou num sono, pego o lençol e o cubro, deito ao lado dele e fico observando seu rosto, acaricio seus cabelos negros que são mais macios do que parece.
–Eu não quero ficar sozinho.- Ele aperta minha mão. -De novo não, eu não aguento mais.- Uma lágrima escorre pelos seus olhos mas ele continua dormindo.
–Nossa, você é tão idiota que fala dormindo.- Sorrio e enxugo a lágrima, beijo sua testa. -Você não vai ficar sozinho.-
"Droga que sentimento é esse, é diferente de tudo que já senti..sei lá não é algo normal."
Meu nome é John e eu tenho sentimentos indefinidos pelo faxineiro.
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