Uma paixão real - Os cabelos negros do faxineiro - Cap 03

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Acordei com minha mãe batendo na porta, dizendo que eu me arrumasse pois a "princesa" estava por chegar, me dei conta de que o Scott não estava mais lá o que me deixou bastante desapontado e fora o fato de que ele havia levado os gatinhos "Oh não! ele levou até meus filhos! SCOTT VOCÊ É CRUEL!!"..Quando tiro a roupa para poder tomar um banho, noto um papel caindo do bolso de minha camisa "Uh? não me recordo de ter guardado algo ai" abro o papel afim de descobrir do que se trata.

Obrigado por me deixar ficar

e por dividir a cama comigo,

nenhum "homem" rico dividiria.

Além do mais com um empregado

que acabou de conhecer.

Não me demita por isso mas...

você é um patrão muito idiota.

~Scott

"Como ele ousa me chamar de idiota? e o que ele quis dizer com esse "homem" entre aspas? e mais, porque ele me trata como um amigo, se quando fala com os outros é completamente formal? aah seu Scott você me deve muitas explicações, me aguarde."uma coisa devo assumir, ele tem a letra belíssima, é relaxada mas possui certo nível de elegância, assim como ele "sua princesa está chegando e você vai ficar pensando no faxineiro? você tem demência ou o que?" e quando me recordo que eu estou realmente a esperando bate um nervosismo..Tomo banho e logo desço para tomar o café da manhã e me deparo com o pai e a mãe já na mesa esperando, assim que a mãe me vê não consegue ficar calada.

–É assim que você pretende impressionar ela?- Ela cobre os olhos com a mão como se tivesse assistindo uma tragédia acontecendo. -Essas roupas.. Parece até que você vai sair para comprar alguma coisa no mercado.- Diz ela levantando, e me levando para o quarto. -Justino! A roupa dele por favor!.

–É pra já, madame.- Responde ele de algum cômodo da casa.

Enquanto eu era arrastado pelas escadas por minha mãe, reparei Scott parado no canto, ele me observava e dava risada, o que fez com que eu ficasse vermelho "Ah meu deus! que vergonha ela me fez passar!" assim que chegamos no quarto ela me apressou para que tirasse as roupas e logo chegou o "Sebastian" com as roupas, eu tinha que dizer, eram roupas muito bonitas mas não era meu estilo, era um belo terno parecido com os que o pai usava, eu tenho que admitir que eu fiquei charmosão com esse terno mas ainda prefiro minhas calças jeans velhas, minha mãe ajudou com a gravata e logo descemos, eu estava bastante nervoso "o que o Scott vai achar?" "Porque você está pensando isso? quem liga para o que o faxineiro vai pensar." mas ele não estava mais lá.

Depois do café fui ao jardim ver se os gatinhos estavam lá, mas nem sinal deles, então me sentei num banco ali perto e folguei a gravata.

–Nossa! ta bonito, será que é outra pessoa?- Deu uma risada e sentou ao meu lado.

–Idiota.- Sorri -Você sabe onde estão os gatinhos?.

–Seu pai me disse que uma convidada iria chegar hoje e que ela tinha alergia a gatos e pediu que eu desse um fim neles, então tomei liberdade de levá-los para minha casa.

–E agora como vou vê-los?- Faço cara de choro.

–É só você ir me visitar.

–Scott..Porque você me trata como um amigo, quando todos aqui me tratam como um "patrão"?.

–Não sei, mas quando conversamos aqui ontem, eu senti que você não ligava muito para essas coisas, e também porque temos os mesmos gostos e as mesmas idades, ficaria chato e estranho não poder ser eu mesmo..sabe..- Ele olha para o céu e sorri.-Eu sei que sou só um empregado e não tenho toda essa liberdade, então se "Vossa Alteza" desejar eu posso começar a tratá-lo formalmente.

–Não! não..Eu prefiro assim, é bem melhor, até porque seria chato não ter um amigo nesse fim de mundo, eu só queria saber o motivo mesmo...-

~Silêncio tenso~

–Olha só sua gravata está toda desarrumada, você é um desastra mesmo- Ele se vira para mim e começa a ajeitar.

"Muito perto!" percebo ao virar para ele, nossos rostos estão quase colados e ele ainda olha para minha gravata, quando olha pra mim e percebe a proximidade, ele não se afasta, pelo contrario, ele começa a se aproximar mais, ainda olhando em meus olhos, por algum motivo eu não faço nada, no fundo eu desejo aqui.. Ele sorrio quando não protestei, aconteceu.

O primeiro toque.

Um toque de uma suavidade tentadora,Provocante. Passei a língua nos lábios, e o sorriso de Scott aumentou.

–Mais?-Provocou.

–Mais.

E ele me beijou de novo, dessa vez era um beijo de verdade. "Fome". eu sentia isso no beijo dele, como se já desejasse isso a muito tempo, era um beijo suave, mas, apressado e intenso..Senti ele sorrir por um momento, mas logo voltou a me beijar, isso tudo é muito bom, posso sentir sua respiração, sua boca na minha, seu coração acelerado acompanhando o meu, Tudo junto me atravessando de uma vez e só deixando o desejo por mais.

–John? você está ai?.

Escuto minha mãe chamando, enquanto olhava para os lados a minha procura. "Pânico" foi o que sentimos, nos afastamos ainda recuperando o ar que perdemos, ele se levanta completamente vermelho não muito diferente de mim. Quando minha mãe chegou só havia eu, fingindo estar dormindo.

–Ei, acorde filho, ela chegou- Falou enquanto me balançava um pouco para me acordar.

Simulei uma "acordada" cansada e ainda sonolenta.

–Olhe pra você, já esta todo desgrenhado, passou um furacão por aqui?.

–Passou- Sorri -Passou sim, e saiu levando tudo com ele.

Meu nome é John e está difícil me convencer que devo ignorar algo/alguém que já começou a parecer irresistível.